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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Velhos bons amigos novos

 Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação. Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.


Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão. Amizade não é dependência...


É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.


O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva.


Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista...


Amigo mesmo demora a ser descoberto.


Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar...


Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade...


Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo da mesma forma.


Não vou mentir a eles “vamos nos ligar?” num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.


Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos.


Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.


Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.


Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, das lutas, da academia. Significativos em cada etapa de formação.


Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.




domingo, 28 de junho de 2020

Pause e Restart

Tá bom!
Vamos tentar começar mais uma vez. Desta vez vai ser pra valer! eu acho



Tenho perdido a prática de escrever, a prática de ler, a prática em vários velhos hábitos que tinha, esses deram espaço para outros hábitos...

Pra quem ainda não sabe atualmente sou pai de uma menina mais linda que já vi! Deve ter puxado o pai




Então desde aquele momento minhas rotinas mudaram violentamente.

Já nem sei direito o que andava fazendo, eu tive uma tentativa de volta em 2018 depois fiquei mais um longo tempo fora. Pensei por várias vezes em excluir o blog, pensei em fazer um blog de pai para quando Ana Júlia for crescida, perca um pouco do seu tempo lendo uma de minhas bobagens, e cá estou sem decidir ainda, mas, me deu uma vontade de escrever aleatoriamente. Boa parte dos textos levava pelo menos uns dois dias para terminar, começava numa noite e terminava na seguinte, ou dependendo tudo no mesmo dia...


Então esse final de semana era meu aniversário e tive algumas reflexões sobre o meu cotidiano, o que ando fazendo...

Me deu muita vontade de voltar escrever, voltar a ser um bom leitor, um bom pensador. Começou na sexta-feira as festas e preparativos do meu aniversário, e terminou no domingo, unindo atividade física com bastante comida, unindo boa conversa com bebida.

Ainda não sei sobre o que escrever nos próximos textos, mas vai ser sobre essas merda do cotidiano. Aos poucos voltei a correr, devido meu joelho, aos poucos estou voltando a ser um cara legal de novo, conhecendo gente legal,  E aguardem mais novidades!

Falando sobre recomeços, lembre-se de dar um PAUSE na vida, as vezes é preciso. Quando não souber se essa é mesmo a direção que sua vida deve seguir. Dê uma pausa. Dê uma pausa para filtrar os pensamentos. Dê uma pausa e faça uma limpeza em tudo o que está interrompendo teu crescimento. 


A vida requer intervalo, nenhuma árvore dá fruto o ano todo, nenhuma flor floresce em todas estações. De vez em quando é preciso dar uma pausa buscando a felicidade e só sendo feliz nesse momento.


Amor com pausa ainda é amor
Poesia com pausa ainda é poesia
Viver com pausa ainda é viver






sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Seja Bem vinda!

Nós demoramos um tempo até entender que o amor não deve fazer mal. A gente precisa quebrar a cara algumas vezes para perceber isso.


Passamos boa parte da vida procurando por algo sem saber bem o que é. As pessoas passam pela nossa vida e vão deixando um pouquinho delas na gente.


E aí acabam nos ajudando a conhecer melhor o nosso coração. A verdade é que você ainda não estava pronto quando aquele grande amor do passado apareceu.


Foi por isso que ele escapou. Foi por isso que ele te deixou escapar. Não existem culpados. Assim vamos deixando pessoas especiais pelo caminho.


As folhas caem das árvores, mas acabam se encontrando pelo chão. Vida que segue. Há quem diga que só amamos uma vez na vida.


Eu prefiro acreditar em amores únicos. E que o nosso coração tem uma gavetinha especial para cada um deles. Aquele primeiro amor platônico. Aquele outro arrebatador. Um outro mais calmo, mas que te ensinou muita coisa. Tem a gaveta das paixões proibidas, as de verão e aquelas onde a gente guarda quem dividiu o cobertor durante o inverno.


A verdade é que a gente aprende um pouquinho com cada um. Tanto com as grandes histórias, quanto com aqueles amores não correspondidos. Cada peça vai ajudando a montar a imagem do quebra-cabeça que a gente acaba se tornando.


Espero que o seu coração esteja bem. Que esteja pronto para ser invadido mais uma vez. A solidão inspira, mas parece que ainda falta alguma coisa. Tem um arranhãozinho aqui no canto esquerdo que me faz lembrar de alguém que ficou no passado. Tem também uma canção que eu costumo guardar com carinho.


Aquela viagem ocupa um armário inteiro. A suíte presidencial segue reservada. Um tapete vermelho para aquela que vem pra ficar.




Que eu saiba respeitar o seu caminho até aqui. E que ela saiba que eu só estou pronto hoje porque passei por tudo isso.


SEJA BEM VINDA, meu amor. Fique à vontade. A casa é sua. Não repara na bagunça. Sabe de uma coisa? Eu esperei a vida inteira para ter você aqui.


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

O radinho de pilha

Fico intrigado quando vejo alguém com um radinho de pilha... Nenhuma tecnologia, nenhum fone, nenhum wi-fi...

Hoje existe um controle excessivo dos ouvidos. Ouvir tudo o que se quer é surdez!

Bom mesmo é deixar o rádio tocar o que quiser, sem recriminar os comerciais, sem censura aos boletins de notícias, esperar que venha uma melodia ao acaso, talvez desperte uma lembrança longínqua, ou lembrar de uma música que nem lembrava mais, mas, que cantava alto o refrão...

O rádio quebra as obsessões e abre para a diversidade...


Hoje com tantos aplicativos para ouvir música com playlists diferenciadas, podcasts, programas de rádio online, tantos aplicativos que na verdade estão tentando imitar o rádio, poder ouvir algo aleatório que chame atenção da mesmice, descubra uma nova banda... Lembro anos atrás, quando tocava uma música boa no rádio, colava no aparelho para esperar acabar a música e descobrir o nome e o artista... Hoje ao despertar interesse por uma música é só verificar na playlist qual o artista, o nome da música, quando foi lançada, quem compôs, quem interpretou... Uma infinidade de informações, as vezes, muita informação perde a graça...


Saber demais muitas vezes apenas nos atrasa numa decisão. (Daniel Melgaço)


Grande Abraço!

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